O PISO SALARIAL E AS DIRETRIZES NACIONAIS DE CARREIRA NO CONTEXTO DO PACTO FEDERATIVO E DO CUSTO ALUNO QUALIDADE (CAQi e CAQ)
I - Apresentação
A 2ª Plenária Intercongressual da CNTE, realizada nos dias 7 e 8 de agosto
de 2015, em Brasília, aprovou duas minutas de projetos de lei sobre Piso Salarial
e Diretrizes Nacionais para os Planos de Carreira dos Profissionais da Educação
Básica Pública, com vistas a regulamentar os incisos V e VIII do art. 206 da
Constituição Federal.
Ambas as minutas se pautam no acúmulo histórico da CNTE e de seus sindicatos
filiados, assim como nas proposições parlamentares do deputado Carlos
Abicalil (PL 1.592/03) e da deputada Fátima Bezerra (PL 2.826/11) e na contribuição
da conselheira Maria Izabel Azevedo Noronha, relatora no Conselho
Nacional de Educação das Resoluções CNE/CEB nº 2/2009 e 5/2010, que fixam
as diretrizes nacionais de carreira para o magistério e os funcionários da educação, respectivamente.
O primeiro anteprojeto de lei sobre piso nacional, elaborado pela CNTE,
data de 1981, e de diretrizes de carreira, de 1992, sendo que os dois foram debatidos
durante a tramitação do PL 1.258/88, que versava sobre a regulamentação da
LDB pós-redemocratização do País.
Desde então, a CNTE empreendeu forte luta para a regulamentação de
padrões de qualidade nacional para a valorização de todos/as os/as trabalhadores/as
que atuam nas escolas públicas, tendo conseguido aprovar a lei do piso nacional
do magistério, em 2008, após um longo período de políticas neoliberais
PISO E CARREIRA ANDAM JUNTOS PARA VALORIZAR OS
PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO BÁSICA PÚBLICA
4 Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação
implementadas no Brasil, que restringiram direitos da classe trabalhadora.
Vencida a batalha da lei do piso do magistério, nos Poderes Legislativo
e Judiciário, e tendo como referência os avanços institucionais da última década
(Emendas Constitucionais nº 53 e 59, Leis 11.494 – Fundeb, 11.738 – Piso e
12.014 – reconhecimento dos Funcionários como educadores), é hora de avançar
na luta pela regulamentação do piso salarial e das diretrizes nacionais de carreira
para todos os profissionais da educação, políticas essas que se vinculam ao debate
do Sistema Nacional de Educação e do Custo Aluno Qualidade.
Lembramos que esta importante luta ocorre num momento bastante especial,
pois neste ano de 2015 a CNTE completa 25 anos de unificação dos/as trabalhadores/as
das escolas públicas do Brasil.
Outubro de 2015
Diretoria Executiva da CNTE.
Cartilha do Piso e Carreira da CNTE
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