Martelo é batido entre servidores e governo; Reajuste de 5,84% será de julho a dezembro

Os representantes dos sindicatos dos servidores públicos estaduais e o governo da Bahia chegaram a um denominador comum e bateram o martelo sobre o reajuste salarial da categoria para este ano. A confirmação é da assessoria da administração estadual, em nota enviada à imprensa na noite desta sexta-feira (3). “Os servidores terão o reajuste dividido em duas parcelas, sendo 2% até junho, retroagindo a janeiro, e de julho a dezembro, o reajuste será de 5,84%, garantindo, assim, a reposição da inflação de 2012. O acordo foi fechado com 18 das 19 entidades que representam os servidores estaduais da Bahia”, informou.
Para o governador Jaques Wagner (PT), que participou do encontro desta sexta com os sindicalistas, “a maturidade e o espírito democrático de ambas as partes possibilitaram o entendimento, levando a uma negociação rápida e eficiente”. “Os representantes dos servidores, apesar de ter uma expectativa de aumento salarial sempre maior, entenderam as razões do governo, a exemplo das dificuldades orçamentárias que impedem a concessão de um reajuste mais elevado. (…) Houve maturidade para entender que nem sempre o céu é o limite e, além disso, salário se discute todo ano”, disse o líder baiano.
“O governo demonstrou ter a vontade de negociar e uma das coisas mais importantes foi restabelecer a mesa central de negociação permanente. A manutenção dessa mesa ficou garantida. O outro ponto é que as mesas setoriais serão reforçadas com a o cumprimento dos acordos. A ideia é que as categorias que não tiveram os seus acordos firmados serão trabalhados para que sejam cumpridos”, disse, em entrevista ao Bahia Notícias, a diretora do Jurídico e vice-coordenadora do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB), Marilene Betros.
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A APLB-Sindicato tem participado ativamente com o conjunto dos servidores públicos na luta contra o reajuste dos 2,5%. A diretoria da entidade participou da plenária realizada na quinta-feira (2) na Associação dos Servidores e do processo de negociação.
Durante a reunião foi apresentado como princípio para o governo que a categoria não abrirá mão da data-base em janeiro e da reposição da inflação do período. As negociações estão fluindo e nesta sexta-feira (3), uma nova plenária com o conjunto dos servidores estaduais está prevista para acontecer na Associação dos Servidores, na Rua Carlos Gomes, centro de Salvador.
Princípios defendidos na negociação:
1 – Respeito à data-base em janeiro – retroatividade;
2 – Reposição inflacionária de 5,84%;
3 – Cumprimento dos acordos setoriais de cada categoria;
4 – Correto funcionamento do Sistema Estadual de Negociação Permanente (SENP);
5 – Antecipação das discussões sobre o reajuste de 2014;
6 – Garantir o salário mínimo para quem recebe o Piso;
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A APLB-Sindicato demonstra sua indignação ante a proposta do governo de “reajuste salarial” de 2,5%. O clima que havia entre os sindicatos dos servidores estaduais e o governo era de inteira confiança nas mesas de negociações e que a reposição da inflação do ano passado (5,84%) seria o mínimo a ser negociado, jamais índice abaixo disso. A diretoria da entidade e integrantes da base foram à Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) e pressionaram os deputados a não votarem o tal projeto até que o governo reveja seus parâmetros. Nesta quarta-feira, 1º de maio, a APLB-Sindicato estará a partir de 15 de horas, nas manifestações do Dia do Trabalhador na Praça Nelson Mandela, Plano Inclinado da Liberdade.
Nesta quinta, 2 de maio, os professores e as demais categorias que compõem o conjunto dos servidores estaduais farão uma plenária às 9h, na Associação dos Servidores, localizada na Rua Carlos Gomes, Centro de Salvador, e entregarão a proposta (que for tirada da plenária) a representantes do governo, às 16h, na Governadoria, no CAB.










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