
Comunicamos à comunidade de
Camacã que a greve dos professores do município continua. O movimento teve
início no dia 9 de março e a categoria aguarda decisão da Prefeita Municipal,
que não repassou o reajuste de 13,01% conforme a Lei do Piso, oferecendo apenas
6,41%. Dessa forma, deixa aproximadamente seis mil alunos sem aulas por mais de
um mês e sem avanços nas negociações, pois não apresenta contra proposta
concreta para finalizar a paralisação.
Os professores apresentam
alternativas para que o reajuste seja concedido como, por exemplo, que o
pagamento seja feito mesmo sem ser retroativo a janeiro de 2015, conforme
determina a Lei, mas a prefeita se mostra irredutível em sua posição.
No dia 14 de abril, foi realizada
uma audiência pública que, de acordo com a administração, seria para demonstrar
as receitas e despesas do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação
Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB). No entanto,
nada de novo foi apresentado de modo a comprovar o que foi dito pelos
representantes do Executivo Municipal. Apenas muitos números, sem comprovação
oficial de fontes como o Tribunal de Contas dos Municípios ou do Conselho de
Controle e Acompanhamento Social do CACS FUNDEB, que sequer foi representado
nessa audiência.
O Ministério Público também não estava
presente, a fim de realizar uma possível mediação. Somente representantes da
Prefeitura e o presidente da APLB, sindicato dos professores, o que fez do
evento um momento sem utilidade para o avanço nas negociações. Sendo assim,
como temos feito desde o início da greve, conclamamos a população de nossa
cidade a permanecerem apoiando o nosso movimento, na certeza de que não é
possível a oferta de qualidade na educação, sem a efetiva valorização de seus
profissionais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário