Um dos principais fatores determinantes de valorização do professor é o salário que se paga a ele. Além disso, para que ofereça um trabalho de qualidade em sala de aula, o professor precisa ter a garantia de que pode se dedicar à sua função, com uma carga horária que permita preparar aulas, atender os alunos e, por consequência, contribuir efetivamente para o desempenho desses alunos. Por isso, a oferta de reajuste zero contraria a ideia de valorização tanto profissional, quanto da educação oferecida, excluindo, dessa forma, a noção de Pátria Educadora. A prefeita Ângela Castro acha que 6,41% é um percentual suficiente para a valorização dos professores de Camacan, um pensamento imposto por seus advogados, que são quem de fato administram o Município. A essa altura, com o repasse da inflação, eles já devem ter preparado a peça para a defesa no Tribunal de Contas dos Municípios, alegando que o índice de pagamento com pessoal já foi ultrapassado, como ocorreu no primeiro mandato e está ocorrendo neste também. A administração quer que o professor assuma essa conta, deixando para trás 6,6% do que tem direito, conforme o repasse da Lei do Piso, sem chance de recuperação dessa perda. Os professores da rede estadual de São Paulo querem um reajuste de 75,33% e estão em greve desde 16 de março de 2015. Do piso ao teto é a diferença entre a reivindicação de Camacan e a de São Paulo. Desde o início das negociações, Camacan vem jogando os professores na lama, oferecendo 0,0%, a prefeita oferece o subsolo, 6,41%, abaixo do piso, que é de 13,01%. A luta da categoria em São Paulo tem a finalidade de igualar os salários dos professores aos dos demais profissionais com a mesma formação e com formação equivalente, que é a meta do Plano Nacional de Educação. Quem quer uma Pátria Educadora precisa pagar salários dignos aos professores e demais servidores da Educação, cumprindo, assim, a meta 17, do Plano Nacional de Educação.
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