Entender que os professores são pessoas de dedicação extrema,
que por amor executam trabalhos impressionantes com quase nenhum recurso, não
contribui com a Educação Brasileira. Ao contrário, livra o poder público de
assumir suas falhas estruturais e traz no subtexto a ideia de que o trabalho
escolar é uma missão e não um ofício.
Missões são escolhas íntimas que desenham um modo de vida,
profissões são ofícios que dão conta de uma determinada demanda social.
O desrespeito à Lei do Piso, ao Plano de Carreira e a falta de investimentos na manutenção das escolas são um duro golpe que tem reflexo imediato na desvalorização
da carreira do magistério, na degradação das escolas públicas e das nossas condições
de trabalho.
Não podemos aceitar que a eficácia dos processos de ensino e
aprendizagem e a problemática social e educacional continuem sendo centralizados
na figura do professor.
A profissão de professor deve ser encarada como qualquer
outra, um ofício que exige determinadas ações, necessitando de determinados
recursos (humanos e materiais).
Missionários não precisam de nada para conseguir seus objetivos,
somente a força interior que move suas ações. Trabalhadores necessitam de
ferramentas para exercerem sua função.
Como imaginar que, num município como o nosso, com a carência
educacional atual, possamos manter escolas apenas com missionários? Precisamos
de professores. Que, assim como os demais trabalhadores, precisam comer, beber, morar e vestir-se com dignidade.
Tudo isso parece tão claro. Por que será que nem todos conseguem ver?
Tudo isso parece tão claro. Por que será que nem todos conseguem ver?
Adaptado de:
http://educadoresurbanos.wordpress.com/2009/05/01/educacao-trabalho-ou-missao/
APLB-SINDICATO
DELEGACIA SINDICAL
CACAU SUL
E quando a Lei do Piso é desrespeitada pela própria categoria???? Parece-me que em Camacan, todos estão felizes e recebendo muito bem, pois desprezaram os 22,22% e ficaram com APENAS 13%. Como vocês podem falar de respeito, se vocês são os primeiros a abrir mão do direito.
ResponderExcluirparabéns prefeita, por provar que os professores estavam errados.
As coisas não foram decididas hoje, lá na assembleia, foram decididas já na sexta-feira, logo que a conversa com a prefeita vazou. Era visível o sentimento de alívio que tomou conta da grande maioria dos colegas.
ExcluirVocê diz APENAS 13%? HAHAHA! A proposta dos 10% já parecia fascinante à essa altura. Muitos já clamavam pela sua volta. Aceitariam numa boa.
Claro que teríamos que renunciar a algum percentual, é assim que os acordos são fechados, as partes tem que ceder nas suas posições, mas, cedermos 50% foi muito, concordo com você.
É duro ter que engolir que fiquei com 13% porque muitos colegas não foram para o embate, porque se acham protegidos dentro deste governo, porque estão levando algum tipo de vantagem, porque foram preguiçosos.
Só com o tempo saberemos se fizemos a melhor escolha, talvez esse sentimento de perda passe.
Caro Esron,
ExcluirEsse sentimento acredito ser o de muitos, principalmente daqueles que acreditam que direitos são inegociáveis. Lutamos por aquilo que acreditamos, e certamente fariamos tudo de novo, porque acovardar não faz parte da nossa história.
Podemos dizer, "lutamos um bom combate" e estamos prontos para recebermos o que é nosso.
Tito Mota