Desde que obteve liminar conferida pelo Juiz de Direito Fábio Mello Veiga para que o movimento grevista dos professores do município de Camacã fosse interrompido, a prefeita Ângela Castro não quer mais negociar com a categoria.
Apesar de ter publicado no site oficial do município, no blog o Tempo Jornalismo e em nota divulgada por meio de carro de som que as negociações iriam continuar, o que estamos vivendo hoje e o total e completo silêncio por parte da prefeita e da secretária de educação Ilce Tourinho. Em nenhum momento convocaram a APLB –
Sindicato, Delegacia Cacau Sul, para a mesa de negociação, nem ao menos
responderam o ofício que pedia audiência para continuar a negociação.
A prefeita acha que tudo já foi resolvido: encaminhou proposta para a Câmara de Vereadores do Município concedendo 6,5% de reajuste para os professores e para os demais funcionários públicos de Camacã, as aulas foram retomadas, continua fazendo propaganda de cursos de formação que na verdade são 99% custeados pelo Instituto Anísio Teixeira (IAT), órgão ligado à Secretaria Estadual de Educação, continua jurando de pés juntos que todas as escolas foram reformadas, enfim, segue direitinho a cartilha deixada lá pelos seus antecessores Nel Rocha, Débora Borges e Erivaldo Nunes. É vida que segue normalmente para a prefeita e para a secretária da educação.
Estamos sendo totalmente ignorados, no momento não há nenhuma negociação em andamento.
Para uma prefeita que gosta de História e até anda criando muitos acontecimentos históricos nos últimos três anos como, por exemplo, a histórica Festa da Cidade de 2011 e o histórico desfile do cinquentenário de Camacã, realizado pelos professores que agora são considerados como inimigos. Em 2012 já são três acontecimentos históricos: a festa do padroeiro, a jornada pedagógica e Festival de Arte e Cultura.
Mas, tem um acontecimento histórico que a prefeita não menciona, talvez por esquecimento ou por vergonha. Estou falando da comemoração da sua eleição em outubro de 2008. A Avenida João Vargens ficou completamente tomada pelos eleitores que estavam eufóricos com a vitória da então candidata Ângela Castro, sem dúvidas, uma das maiores comemorações deste tipo já realizadas no nosso município. Seguindo o padrão Ângela Castro, podemos dizer que foi uma comemoração histórica.
O pior é que a prefeita deve ter esquecido dos acontecimentos que levaram à sua eleição. Sua vitória foi muito mais pela ruindade da então prefeita Débora Borges, especialmente com os funcionários públicos, do que pelas suas virtudes como candidata.
Ângela também esqueceu que já sofreu uma derrota nas urnas, muito mais pelas ruindades do então prefeito Erivaldo Nunes do que pelas suas fraquezas como candidata.
A mesma avenida que serviu de palco para comemorações, prefeita, hoje é ocupada pelos professores que sofrem com a sua indiferença e o seu sentimento de vingança. Ora, não havia uma proposta de 10% de reajuste? Por que retrocedeu para 6,5%? Por que quer jogar a opinião pública contra os professores? Por que quer esconder a todo custo os R$ 14.000.000,00 previstos para este ano? Se rejeitamos 10% de reajuste por que passa pela sua cabeça que vamos nos calar com 6,5%?
Companheiros, a marcha desta terça-feira, 24/04, é para exigirmos que a prefeita Ângela Castro e a secretaria da educação Ilce Tourinho retomem as negociações com a categoria, não podemos permitir que continuem nos ignorando, quando estavam em campanha o gasto com a educação era investimento, hoje, falam em despesas e encargos.
Participe, participe com muita garra! Estamos lutando pelo salário que vamos receber pelos próximos 12 meses, lembre-se disso! Estamos lutando por melhorias nas condições de trabalho. Estamos lutando pela nossa dignidade.
APLB-SINDICATO
DELEGACIA SINDICAL
CACAU SUL
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